sábado, 6 de novembro de 2010

A importância do brincar


É a velha história do menino a quem mostraram uma dezena de brinquedos, cada um mais fantástico do que o outro, e escolheu uma velha fisga que estava em cima da uma mesa.

A maneira como os pais reagem às brincadeiras está intimamente ligada ao prazer que as crianças retiram delas. Se estes transmitem ao filho a ideia de que brincar é pouco importante, ela não poderá divertir-se em pleno.

Não se preocupe com aquele quarto eternamente desarrumado com puzzles, cubos e blocos de todas as cores é um verdadeiro passaporte para que o seu filho venha a estar entre os primeiros da turma, pois estes brinquedos para montar estimulam a criatividade da criança.

Os especialistas sugerem que os pais ofereçam aos filhos a maior quantidade possível de brinquedos de montar que se possam transformar em inúmeras coisas, em vez de outros que sejam aquilo que está à vista e nada mais.

Os brinquedos com funções muito limitadas, além de pouco apelativos, despertam o interesse das crianças durante muito menos tempo.

Uma caixa cheia de areia, uma bisnaga, material para pintar e papel, plasticina e roupas velhas com que possam inventar máscaras criativas estimulam a imaginação de forma excelente e são muito mais baratos.

Um adulto que encoraja uma criança a brincar deve dar-lhe ideias e ajudá-la a pô-las em prática, mas deve deixá-la adaptar as brincadeiras à sua maneira e dar-lhes o seu cunho pessoal.

Se sugerir uma brincadeira ao seu filho, não tente impor-lhe a sua vontade, dizendo-lhe que era mais giro se ele fizesse assim ou assado, ou chegando ao cúmulo de ser você a fazer tudo sozinha. Ele terá muito mais orgulho nos biscoitos defeituosos ou na torre em equilíbrio precário que fez com as próprias mãos do que uma grande obra de arte, toda perfeitinha, feita por si.

Para além disso, só dando à sua imaginação e vontade a criança pode desenvolver a sua curiosidade natural e autoconfiança. Deixe que ela assuma as rédeas da brincadeira e que lhe peça ajuda quando, e se, preciso.

Em suma, é importante brincar: sozinho, com amigos, com irmãos, com bolas, livros ou barbies. Não e preciso gastar muito dinheiro nem puxar demasiado pela imaginação para garantir aos seus filhos horas de divertimento puro. E não se esqueça que, ao brincar, eles também estão a aprender...



Bibliografia: In Revista " Activa Filhos ", Ana Cáceres Monteiro, n.º 1, 2000, edição especial.

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