terça-feira, 29 de setembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bem vindo Outono :)









A pintora Rosa Ratinha pintava quase todos os seus quadros no estúdio. Só no Outono é que saía para pintar ao ar livre. O Outono era a estação preferida de Rosa. Havia tantos matizes surpreendentes na paisagem!
Certa vez, num belo dia de Outono, a pintora embalou tela, cavalete e tintas e foi passear para junto de um tranquilo lago não longe de casa. Conhecia um lugar bonito e plano em cima de uma rocha de onde tinha vista para os bosques e montanhas ao fundo. Aí montou o cavalete com a tela e começou a pintar com pinceladas generosas.
Na árvore oca que estava por detrás dela, morava um gnomo da montanha que a observava enquanto pintava.
— Isto é que é um quadro esquisito! — disse ele, quando Rosa acabou de pintar. — Nem se vê o lago nem as montanhas. Como se chama este quadro?
— O quadro chama-se As cores do Outono — disse Rosa Ratinha. — Não se vê o lago nem as montanhas, é verdade. Só pintei o Outono, aquilo que sinto quando olho para esta paisagem.
— Ah, agora entendo — disse o gnomo. — É muito interessante.
De repente, levantou-se um vento forte que arrancou a tela do cavalete. Ela foi pelo ar a voar e desapareceu entre as árvores na margem do lago. Rosa Ratinha desceu a montanha e foi buscar o quadro. Tinha dois rasgões e havia muitas folhas, agulhas de pinheiro e pedrinhas coladas na tinta fresca.
— Que pena — disse o gnomo da montanha. — O quadro agora está estragado.
— De forma alguma! — exclamou Rosa Ratinha. — Agora é que está completo! O vento do Outono também participou na pintura e imortalizou-se no quadro com estes dois rasgões. E as folhas que estão coladas também são bem-vindas. Agora, o quadro tem uma história e só agora começou a viver!

Erwin Moser
Mario der Bär
Weinheim Basel, Parabel, 2005
Texto adaptado

Carimbos - "Folhas do Outono"




domingo, 20 de setembro de 2009

Brincadeira livre...Opção do grupo: JOGOS ;)







Ao jogar, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende, negoceia e, sobretudo, estimula a curiosidade, a auto-confiança e a autonomia. Aprende a conviver em grupo e a lidar com frustrações quando não ganha o jogo, apura a concentração e a atenção sobre tudo o que se está a passar à sua volta. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.

O Jogo traduz o real para o que se passa no mundo infantil. Quando brinca, a criança apura o intelecto e a sensibilidade. É muito importante que os adultos respeitem a ludicidade, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser. É o espaço e o direito que a criança tem para o exercício da relação afectiva com o mundo, com as pessoas e com os objectos que a rodeiam. Uma boneca de trapos pode ser uma boa companheira. Uma bola é um convite ao exercício motor, um quebra-cabeças desafia a inteligência e um colar faz a menina sentir-se bonita e importante como a mãe.

Quando vejo os meus meninos no Baú das Trapalhadas, vejo que encarnam personagens do seu dia-a-dia. Um dia, observei uma das meninas a mandar o resto do grupo sentar-se e a dizer: ”A Móita vai quever o nome dus meninos” e “Não se corre depexa! Ai que a Móita não qué!”. É bem verdade que os problemas que surgem durante as brincadeiras, fazem a criança crescer e ter de procurar a solução. “A Móita não qué! E agóa??” “Agóa…vamos ter de correr devagar”, diz quem encarna a personagem de Móita. Mas quando falamos em jogar, não é apenas com puzzles, torres de legos ou brincadeiras do faz-de-conta. Também podemos jogar com livros. Livros que se desdobram em mil e uma janelas, livros que se dobram e desdobram. Livros que nos permitem fazer um jogo de adivinhas e de conhecimento.



E como não podia deixar de ser...tinhamos todos de cantar esta música! ;)

O livro da Semana


Às vezes, quando gostamos muito, muito de alguém, queremos encontrar uma maneira de descrever como os nossos sentimentos são grandes. Mas, como descobrem a Pequena Lebre Castanha e Grande Lebre Castanha, o amor não é coisa fácil de medir!








sábado, 19 de setembro de 2009